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terça-feira, 6 de julho de 2010

Tecido encontrado no leito da ferida

O aspecto do tecido presente no leito da ferida reflete a fase da sua cicatrização bem como a ocorrência ou não de complicações. Portanto, é imprescindível que o profissional envvolvido no tratamento tenha habilidade nessa avaliação. quando apresentammais de um tipo de tecido, as feridas são classificadas como mistas.
Ferida com Tecido de granulação - Caracteriza-se pela presença de tecido vermelho vivo, ricamente vascularizado, com presença de substratos, como colágeno e outras células responsáveis pela resposta de reparação tecidual. Apresenta sangramento com facilidade durante a manipulação.
Ferida com Pressão de fibrina viável (branca) - Caracteriza-se pela presença de pontos esbranquiçados sobre o tecido de granulação. Nessa fase, a fibrina ainda viável mantém suas características de sustentação do tecido que está sendo formado. Portanto, sua remoção deverá ser realizada sob avaliação criteriosa. É mais evidente em úlceras venosas crônicas.
Ferida com esfacelos (slough) - Tipicamente, o esfacelo é descrito como uma membrana fibrosa, composta pelo conjunto de células mortas acumuladas no exsudato, que se adere ao leito da ferida. Pode cobrir grandes áreas. É considerado um tecido inviável e deve ser removido.
Ferida com tecido necrótico - Presença de tecido desvitalizado acometendo total ou parcialmente o leito da ferida. Pode se apresentar em forma de escara (O termo escara refere-se o tecido necrótico ressecado que cobre uma ferida, e não à lesão causada pela falta de irrigação sangüínea local devido à pressão, sendo esta denominada intencionalmente como úlcera por pressão) ou de crosta necrótica de cor preta ou marrrom. Pode aparecer ainda em forrma de tecido espesso marrom, cinza ou essbranquiçado. Feridas com necrose são mais extensas do que apresentam. Esse tecido é fonte de infecção e perpetua esse processo. Portanto, deve ser totalmente removido para que a ferida volte a cicatrizar.
Feridas com infecção - Podem apresentar eritema ou vermelhidão em uma área restrita da ferida ou ao seu redor. Apresenta celulite nos tecidos adjacentes, o que será mais difícil de notar se houver edema. Exsudação purulenta e odor repugnante. Geralmente os pacientes apresentam elevação de temperatura axilar, taquicardia e inapetência. É importante lembrar que, em pacientes imunossuprimidos, esses sinais podem estar ausentes, ocorrendo apenas queixa de dor local.
Ferida com supergranulação ou granulação hipertrófica - O tecido de granulação evidencia-se em relação ao restante da pele, impedindo que as célula epiteliais presentes na camada basal se espalhem pela ferida para formação do novo epitélio. Isso prolonga o tempo de reparação tissular.
Ferida com tecido de epitelização - Presença de fino tecido epitelial, que recobre o tecido de granulação; de cores beanca-rosada ou rosa-azulada.
Fonte: Guia Terapêutico para Tratamento de Feridas (Marli Balan)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

TIPOS DE FERIDAS

As feridas devem ser classificadas em dois grupos: feridas agudas e feridas crônicas. O primeiro inclui feridas cirúrgica, traumaticas e as causadas por queimaduras. O segundo inclui úlceras por pressão e úlceras de membros inferiores, como as de origem vascular ou neuropática, decorrentes de doenças crônicas e degenerativas, como o diabetes.

Ferida Cirúrgica - Em sua essência são feridas intencionais e agudas que podem ter seu curso complicado por fatores adversos. Para que ocorra a reparação tissular, a ferida cirúrgica pode ser mantida aberta ou fechada.


Ferida Traumática - a ferida traumática é a "lesão tecidual, causada por agente vulnerante que, atuando sobre qualquer superfície corporal, de localização interna ou externa, promove uma alteração na fisiologia tissular, com ou sem solução de continuidade do plano afetado". As lesões traumáticas podem variar de simples escoriações a lesões amplas, que podem causar deformidades ou amputações.

Lesão por queimadura - "queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano, determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir as camadas mais profundas, como: tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos". A lesão térmica pode se manisfestar através de um flictema (bolha) ou em formas mais graves, proporcionando alterações sistêmicas na lesão. É importante ressaltar que o tecido lesado estará desvitalizado, o que favorece rápida colonização de bactérias patogênicas. Portanto, a manipulação correta do doente é fundamental.

Úlcera por pressão - é uma área localizada de morte celular que se desenvolve quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado. As localizações mais comuns das úlceras por pressão são: região sacra (31%), nádegas (27%), calcâneos (20%), região trocantérica (10%), membros inferiores (5%), tronco (4%) e membros superiores (3%).

Úlcera de estase, venosa ou varicosa - São lesões crônicas que ocorrem na parte inferior das pernas e pés pela presença de hipertensão venosa. Correspondem a aproximadamente 70% a 90% das úlceras de membros inferiores e são mais freqüentes em mulheres. No exame físico específico dos membros inferiores estarão presentes os seguintes achados clínicos: varizes, dermatite ocre, eczema, lipodermatoesclerose, edemas e úlceras localizadas em proeminências ósseas ou áreas suscetíveis a traumas. Os pulsos arteriais deverão ser preservados. Se existirem complicações, como infecção local ou flebite, o paciente poderá ter dor.

Úlcera arterial ou isquêmica - São lesões crônicas que ocorrem na parte inferior das pernas e dos pés pela presença da insuficiência arterial. Acometem com mais freqüência em pacientes do sexo masculino e acima dos 50 anos. No exame físico, somente será evidenciado edema de estase se o membro estiver na posição pendente; os pulsos pediais estarão diminuídos ou ausentes. Pés frios e pálidos quando elevados ou vinhosos quaando em declive, pele brilhante, tensa, queda dos pêlos, unhas grossas e opacas. Haverá queixas de claudicação intermitente e dor. As úlceras arteriais apresentam pouco exsudato, dificuldade de granulação, pouco sangramento à manipulação e demarcação de cor branca rosácea. Localizam-se nos dedos, pés, calcâneos ou região lateral da perna e podem apresentar necrose nas bordas.

Úlcera Diabética - O pé diabético é uma complicação comum em pacientes portadores de diabetes melito, que se origina de problemas em diversas áreas suscetíveis da doença, ccomo nervos, pele, vasos e o sistema músculo-esquelético-ligamentar dos pés. as ulcerações no pé de pessas diabéticas são um dos problemas indesejados que acarretam perdas importantes paraa o paciente. Alteram sua auto-imagem, sua independência e acarretam gastos tanto para o paciente como para os serviços de saúde. No entanto, poderiam ser evitados através da prevenção e da educação. Essas lesões são desencadeadas por uma tríade de patologias bastante clássica que envolve ea neuropatia (autonômica, sensorial e/ou motora), doença vascular periférica e infecções. É importante ressaltar que de 15% a 20% dos portadores de úlceras plantares do tipo mal perfurante podem possuir etiologia mista envolvendo a neuropatia e arteriopatia obstrutiva. de 15% a 20%, apenas insuficiência arterial isolada e 60% neuropatia periférica.
Fonte: Guia terapêutico para Tratamento de feridas (Marli Balan)

domingo, 4 de julho de 2010

Reflexão

Reúne as energias benéficas que se encontram disponíveis, e com elas impregna o teu ser e a tua ação.
Dessa maneira equilibrarás um pouco da desarmoniaa que se avoluma no mundo.
Lembra-te de que maior alcance do que o falar tem o viver, mais límpida do que as palavras claras é a ação correta.
Tua vida deve ser tua mensagem.
Teu trabalho é servir em silêncio.
Teu instrumento, a entrega.
Teu campo de labor, a vida interna.
Tuas sementes, as chispas da luz latente em teu ser.
Recebeste as chaves para iniciar nova jornada.
Adianta os passos, pois tens as bençãos dos céus por tua pureza de intenções.
(José Trigueirinho Neto)